O Agosto Lilás é uma campanha de conscientização que ocorre anualmente no Brasil, dedicada ao combate da violência contra a mulher. Nascida com o objetivo de rememorar a promulgação da Lei Maria da Penha, ocorrida em 7 de agosto de 2006, essa campanha possui a finalidade de sensibilizar a sociedade sobre a importância de combater todas as formas de violência de gênero.
Durante o mês de agosto, inúmeras ações são promovidas em todo o país, incluindo palestras, debates, oficinas, caminhadas, e distribuição de materiais informativos. Essas atividades buscam não apenas informar sobre os direitos das mulheres, mas também incentivar as vítimas a denunciar seus agressores e procurar apoio.
Nos últimos anos, os índices de violência contra a mulher aumentaram de forma alarmante em todo o país. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de violência doméstica a cada dois minutos.
Segundo pesquisas, 1.238.208 mulheres foram vítimas de violência somente em 2023.A violência doméstica aumentou 10% em relação ao ano de 2022 e o número de mulheres ameaçadas obteve o índice de 16,5% a mais em relação ao ano anterior. Outro número importante é o de mulheres que sofreram stalking e/ou abuso psicológico – 77.083 vítimas – representando um aumento de 34,5% se comparado a 2022.
A violência – que ocorre de forma física ou simbólica – atinge todos os âmbitos da vida da mulher. A constante exposição ao abuso pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e baixa autoestima, que impactam diretamente na produtividade, concentração e capacidade de tomar decisões, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
O Agosto Lilás reforça a importância de uma rede de proteção eficiente, que engloba desde a atuação do poder público, até a participação ativa da comunidade e de empresas. A campanha destaca que a violência doméstica e familiar é um problema social e de saúde pública, que precisa ser enfrentado coletivamente.
No entanto, o medo e a vergonha também podem dificultar que essas mulheres busquem ajuda, perpetuando um ciclo de sofrimento que afeta sua vida e carreira. É nesse contexto que o ambiente de trabalho também pode ser um espaço de apoio e compreensão, através de ações de conscientização e oferta de programas que auxiliem psíquica e juridicamente a vida dessas mulheres.
Violência contra a mulher no ambiente laboral
O Agosto Lilás é uma campanha de conscientização do enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. No entanto, devido ao alto índice de ataques ocorridos no espaço laboral, pensar em estratégias de combate a violência contra a mulher no trabalho também é de fundamental importância.
De acordo a pesquisa realizada pela Consultoria Deloitte, 5 mil mulheres foram entrevistadas, a fim de mensurar a questão da igualdade de gênero no universo corporativo. Os dados são alarmantes:
- 49% das mulheres se preocupam com a própria segurança no trabalho;
- 24% das mulheres afirmam ter sofrido assédio no atendimento a clientes e consumidores
- 13% relataram assédio vindo de colegas de trabalho
- 40% já sofreram assédio sexual
- 35% das entrevistadas afirmam ter sofrido micro agressões, como “gaslighting”
- 53% relataram maiores níveis de estresse laboral
- 34% das mulheres entrevistadas já tiraram licença do trabalho por questões relacionadas à saúde mental
Nem sempre é fácil identificar o que é uma violência contra a mulher e como ela ocorre em ambiente laboral. Pensando nisso, selecionamos os principais acometimentos que atingem diretamente o gênero feminino nas empresas. Acompanhe:
- Discriminação de gênero através da misogina e do machismo: Machismo e misoginia é o ódio direcionado a tudo o que é atribuído ao gênero feminino e a crença na superioridade masculina. São pequenas ações que ocorrem no dia a dia laboral e que atuam em um desequilíbrio psíquico e emocional da mulher.
- Gaslighting: Forma de abuso/manipulação psicológica em que a mulher é colocada em prova, duvidando de sua própria memória, percepção ou sanidade mental no cumprimento de tarefas e postura profissional.
- Manterrupting: Situação em que um profissional do gênero masculino interrompe, de forma frequente, a fala da mulher, impedindo-a de concluir seu raciocínio.
- Mansplaining: Quando um profissional do gênero masculino interrompe a mulher a fim de lhe explicar algo, presumindo que a mesma seja incapaz, não possua arcabouço técnico e teórico ou tenha dificuldade de entendimento.
- Bropropriating: Situação em que um profissional do gênero masculino se apropria da ideia/projeto de uma mulher como se fosse dele próprio, sem atribuir o mérito à mesma.
O impacto da violência no ambiente de trabalho perpassa não apenas pelo sofrimento individual da vítima. As agressões laborais também influenciam no comprometimento da saúde mental e física da mulher, diminuindo assim a sua produtividade e podendo até mesmo levar ao afastamento do emprego.
Além disso, a naturalização de comportamentos abusivos contribui para a manutenção de uma cultura de desigualdade e discriminação, que impede o avanço das mulheres em suas carreiras e reforça estereótipos prejudiciais.
A realização de campanhas de conscientização são fundamentais para promover mudanças no ambiente de trabalho, uma vez que as mesmas cumprem com o papel de educar os funcionários e gestores sobre os diferentes tipos de violência, como identificá-los, preveni-los e como combatê-los.
Elas também servem para encorajar as vítimas a denunciar casos de abuso e para garantir que as empresas estejam preparadas para lidar com essas situações de forma adequada e justa. O primeiro passo é construir um ambiente seguro, onde as mulheres possam falar, ouvir e, sobretudo, se acolher.
4 ações que a sua empresa pode fazer no combate a violência contra a mulher
Como dito anteriormente, o ambiente de trabalho pode ser um espaço seguro, encorajador e participativo na causa do combate a violência contra a mulher. Separamos quatro ações que podem ser inseridas na cultura organizacional da sua empresa e que fazem toda a diferença:
- Realize workshops: Traga o tema para o dia a dia da sua empresa e promova a sensibilização dos funcionários e conscientização de gestores.
- Faça rodas de conversa: organize bate-papos com profissionais ligados ao tema, a fim de conscientizar seu quadro de funcionários sobre os diversos tipos de violência de gênero, como combatê-las e denunciá-las.
- Promova o empoderamento feminino: Pense em campanhas e dinâmicas de grupos direcionadas para suas funcionárias, onde elas se sintam seguras para ouvir, falar e, sobretudo, se acolherem.
A importância do apoio psiquiátrico e psicoterapêutico em casos de violência contra a mulher
A violência contra a mulher, ou, violência de gênero, como é comumente conhecida, é uma transgressão grave ao corpo físico, psíquico e emocional da vítima. Suas consequências são inúmeras, chegando a ocasionar traumas que podem se manifestar em forma de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), baixa autoestima e outras condições de saúde mental.
Por isso, o apoio psiquiátrico e psicoterapêutico é de fundamental importância para ajudar as mulheres a reconstruírem suas vidas e recuperarem sua saúde mental.
De acordo com Priscila Teixeira, psicóloga e Product Manager do Programa SAUDEAENERGIA, “ a violência contra a mulher, seja ela física, emocional ou simbólica, deixa marcas profundas que vão muito além do corpo, afetando a identidade, a autoestima e o bem-estar psicológico. Esses acometimentos psíquicos podem gerar transtornos severos, como depressão, ansiedade, e até mesmo traumas que reverberam ao longo de toda a vida. A psicoterapia, junto com o acompanhamento psiquiátrico, se necessário, são essenciais para este processo.”
Como afirmou Priscila, o apoio psiquiátrico é crucial em casos onde a violência desencadeia ou agrava transtornos mentais que necessitam de tratamento médico, como depressão severa, ideações suicidas ou TEPT (transtorno de estresse pós-traumático). Em situações assim, somente o médico psiquiatra tem capacidade para avaliar a necessidade de medicamentos que auxiliem no controle dos sintomas, proporcionando alívio e estabilização emocional, o que é vital para que a vítima possa iniciar o processo de recuperação.
Em parceria com o tratamento psiquiátrico, há a psicoterapia, que se apresenta como um local seguro para que a mulher possa se expressar e trabalhar seus sentimentos e experiências traumáticas. Através do tratamento psicoterapêutico, as vítimas exploram e processam as emoções relacionadas ao trauma, desenvolvem mecanismos de enfrentamento saudáveis e começam a reconstruir sua identidade e autoestima. A psicoterapia também auxilia na conscientização e rompimento com ciclos de abuso, promovendo o autoconhecimento e o empoderamento feminino.
O apoio psicológico e psiquiátrico realiza um papel central na recuperação das vítimas de violência. Ele ampara a superação dos traumas, bem como auxilia na reintegração social e no fortalecimento da capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis no futuro. Ambas as áreas, geralmente, trabalham em conjunto com outras redes de apoio, dentre elas, os serviços sociais e jurídicos.
Saiba como o Programa SAUDEAENERGIA atua a favor do combate a violência contra a mulher
O Programa SAUDEAENERGIA é o 1º programa para o desenvolvimento físico, mental, profissional e espiritual do Brasil, que surge com o objetivo de oferecer às empresas a melhor solução para acompanhamento e promoção do bem-estar de seus colaboradores através da oferta de inúmeros serviços, dentre eles, psiquiatria, psicologia, orientação jurídica, terapia ocupacional e muito mais.
Ele é o único serviço do mercado que atende a 100% dos critérios estipulados pela lei 14.831, que certifica empresas como promotoras da saúde mental. Com a maior equipe de profissionais selecionados e especializados do mercado, o programa oferece consultas e atividades nas diferentes áreas médicas. São mais de dois mil profissionais e capacidade para atendimento de 420 mil consultas por mês.
O propósito do Programa é ofertar serviços que proporcionem a conscientização e o bem-estar dos funcionários de uma empresa. Por isso, o SAUDEAENERGIA também está comprometido com o combate a violência contra a mulher, através do suporte jurídico e psicológico para aquelas que enfrentam essa difícil realidade, seja no ambiente familiar ou laboral.
Entendendo a complexidade e o impacto devastador da violência de gênero, o Programa disponibiliza uma equipe de profissionais dedicados e especializados, que oferecem orientação legal para garantir que as vítimas conheçam seus direitos e possam tomar medidas protetivas.
Além disso, o SAUDEAENERGIA proporciona acompanhamento psiquiátrico e psicoterapêutico, fundamental para a recuperação emocional e o fortalecimento da autoestima, ajudando as mulheres a reconstruírem suas vidas com dignidade e segurança.
Para saber mais sobre o Programa, entre em contato com nossos consultores.