Com a democratização da internet e a facilidade do acesso à notícias e artigos de opinião, observamos, nas últimas décadas, um boom no que concerne à exposição de determinadas temáticas, antes consideradas tabus sociais. Uma delas e, talvez, a principal é sobre a saúde mental no trabalho e como as atividades laborais contribuem para um estímulo ou desequilíbrio dela.
A definição de saúde mental e seus diversos meandros, se desdobram em subtemas, como as enfermidades ocasionadas pelo excesso de trabalho, os diagnósticos de transtornos mentais, o uso excessivo de redes sociais como propulsor de ansiedade e depressão, as campanhas de prevenção ao suicídio – geralmente, atribuído a crises de ordem psíquica exclusiva -, as dicas para uma vida mais saudável e por aí se segue.
Se, outrora, as discussões sobre saúde mental estavam restritas ao universo acadêmico e científico, agora, elas se popularizaram. Por um lado, obtém-se grande êxito nessa empreitada, uma vez que abordar este assunto é também uma forma de lograr perspectivas em torno de um bem estar do sujeito e da sociedade. No entanto, justamente por conta da popularização do tema, se faz mais do que necessário tecer uma crítica sobre o que vem sendo produzido e saber selecionar informações e condutas mais assertivas.
Neste Guia Completo de Saúde Mental no Trabalho você confere tudo sobre o que é saúde mental, como ela pode ser pensada no ambiente laboral, de que maneira as empresas podem prevenir o surgimento de doenças ocupacionais em seus colaboradores e quais as possíveis soluções para sanar este problema. Confira.
O que é saúde mental e qual a sua importância?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito de saúde mental perpassa pelo “ estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”.
Esta definição, elaborada no ano de 1948, é de suma importância, uma vez que revela, logo de cara, que a saúde mental não está atrelada apenas a um estado de enfermidade, mas sim, a um modo de equilíbrio psíquico e físico do sujeito em interação com o âmbito social.
Em contrapartida, o conceito sugerido pela OMS traz também um alto nível de complexidade, já que o alcance de um estado 100% pleno se faz quase que inatingível quando inserimos nessa equação as possibilidades de mudanças e instabilidades da vida.
Para o MEC, “assumindo o conceito da OMS, nenhum ser humano (ou população) será totalmente saudável ou totalmente doente. Ao longo de sua existência, viverá condições de saúde/doença, de acordo com suas potencialidades, suas condições de vida e sua interação com elas”.
O certo é que existe um alto grau de subjetividade ao se compreender o conceito de saúde e que ele, claro, depende do contexto e valores atribuídos às diversas situações históricas e sociais.
Sendo assim, qual a importância da saúde mental para o sujeito e a sociedade?
Proporcionar uma maior qualidade de vida individual e construir uma convivência coletiva mais equilibrada e harmoniosa.
Quando inserimos esse debate no universo do trabalho, entendemos que na atual conjuntura corporativa, o quadro de funcionários é a base estrutural das empresas, uma vez que são os colaboradores, através de suas atividades cotidianas, que sustentam toda a linha de produção (considerando planejamento, operação e entrega) da companhia.
Ou seja, a saúde empresarial depende diretamente de seus trabalhadores. Isso porque o equilíbrio físico, emocional e psíquico dos mesmos impactam diretamente no rendimento da organização.
É neste preâmbulo que se inserem os riscos trabalhistas e os prejuízos acarretados por eles. Mas, o que são esses tais riscos e o que isso tem a ver com a saúde mental no trabalho? É o que veremos a seguir.
Saúde mental no trabalho: Entendendo o que são riscos trabalhistas
Quando falamos dos riscos que compõem o universo empresarial, é muito comum a confusão gerada em torno do entendimento do que isso quer dizer.
Se, por um lado, há os riscos ocupacionais, por outro, tem-se também o conceito de riscos trabalhistas. Ao contrário do que a grande maioria pensa, eles não são a mesma coisa.
Enquanto que o primeiro diz respeito aos elementos e condições existentes no ambiente laboral que despontam como perigo à vida e saúde dos trabalhadores, o segundo perpassa pelas ameaças que podem surgir através de falhas e/ou não cumprimento das legislações trabalhistas.
Ou seja, o risco ocupacional incide no funcionário e, o risco trabalhista, na empresa.
Em geral, os riscos trabalhistas ocorrem por uma série de fatores como falta de reconhecimento profissional e plano de carreira, falha e abusos na gestão, cultura organizacional mal planejada, excesso de pressão no cumprimento de tarefas, dentre outros pontos que incidem no equilíbrio psíquico e emocional do trabalhador.
Uma vez que os riscos trabalhistas se instalam, a empresa pode sofrer ações judiciais, além de crise de imagem. Portanto, é fundamental a prevenção contra a ocorrência de riscos, adquirindo mecanismos de proteção e conservando uma conduta corporativa fundamentada em princípios éticos, evitando assim a possibilidade de reclamações trabalhistas.
Por que cuidar da saúde dos seus funcionários?
A nível mundial, o Brasil é recordista em ações judiciais trabalhistas. Em 2021 foram ajuizados 2,88 milhões de processos. Já em 2022, o contingente foi de 3,16 milhões. No ano seguinte, em 2023, o número cresceu ainda mais, chegando à marca de 3,5 milhões de novas ações. As perspectivas para o ano de 2024 também são alarmantes.
Importante ressaltar que essa situação é composta por disputas ferrenhas entre empregados e empregadores, mas que o prejuízo geralmente é atribuído aos cofres das empresas. Diariamente, funcionários diversos dão entrada à ações judiciais por conta de defasagem salarial, não cumprimento dos direitos trabalhistas, demissões e, o principal, adoecimento psíquico por abusos e pressões psicológicas.
De acordo com o Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho (órgão pertencente ao Ministério Público do Trabalho), em 2021 os transtornos mentais foram a terceira maior causa de perícias médicas no INSS. No ano em questão, houveram mais de 13 mil trabalhadores brasileiros com concessão para benefícios previdenciários acidentários por questões mentais, comportamentais e/ou nervosas.
Outra avaliação, realizada pela Organização Pan Americana de Saúde, afirma que quatro em cada dez brasileiros têm ou já tiveram problemas de ansiedade e, em sua grande maioria, relacionados à prática laboral. No Brasil, há uma perda de 300 bilhões de reais em produtividade quando o tema é depressão. Quando levamos essa problemática a nível global, as doenças mentais geram um impacto econômico de cerca de 1 trilhão em prejuízo de produtividade.
Uma das possibilidades de mudar essa triste realidade se concentra no papel dos diretores das empresas, ato que pode ser decisivo na transformação e melhoria das relações trabalhistas. É preciso pensar em estratégias que estimulem o cuidado com a saúde física, psíquica e emocional dos funcionários e, assim, reverberar no bom funcionamento corporativo.
Quais os principais fatores que causam problemas na saúde mental no trabalho?
A saúde mental, emocional e física no ambiente laboral é um tema de suma importância, já que ela está diretamente ligada a índices de produtividade, satisfação profissional e engajamento dos colaboradores para com a empresa em que está alocado.
Essa dimensão do bem-estar individual, reflete nas dinâmicas coletivas de relacionamento e trabalho em equipe, afinal, entregas e resultados empresariais são gerados a partir do esforço e da interconexão de times e setores que compõem a estrutura corporativa
Estudos como este, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, revelam que empresas que incorporam a valorização da saúde mental do colaborador em sua cultura organizacional, obtêm, como consequência positiva, maior comprometimento e resiliência dos funcionários. Dessa forma, os mesmos conseguem maior equilíbrio para enfrentar desafios, aprimorar suas potencialidades e contribuir com o alcance das metas da organização.
Se, por um lado, o trabalho pode ocasionar reconhecimento, alegria e oportunidades para desenvolvimento pessoal e profissional, por outro, quando em situações adversas, ele é capaz de frustrar o colaborador e gerar estresse, ansiedade, dentre outros fatores.
De fato, os problemas relacionados à saúde mental no trabalho são diversos e possuem origens distintas, surgidas pela confluência de múltiplas razões. Algumas delas são:
- Sobrecarga mental por excedente de atividades: O excesso de multitarefas, acúmulo de funções, necessidade de constantes horas extras e alta carga de pressão para entregas, podem incidir de forma negativa na saúde mental e emocional do trabalhador, ocasionando esgotamento, cuja intensidade pode contribuir para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout;
- Falta de organização e má liderança: Todo time profissional é composto por uma liderança. Ela tem papel fundamental no estímulo ou desregramento do equilíbrio da saúde mental dos membros de sua equipe. Quando há uma gestão desorganizada e com alto fluxo de cobrança, os colaboradores tendem a se sentir compelidos e incapazes, podendo desenvolver crises de ansiedade e autoestima;
- Ambiente organizacional tóxico: O local de trabalho (mesmo que remoto) incide de forma direta no bem-estar de seus colaboradores. É cada vez mais comum se deparar com pesquisas que revelam o quanto práticas como bullying, falta de comunicação entre equipes e assédio interferem na estrutura psíquica dos empregados. Em 2023, as denúncias de assédio no ambiente de trabalho duplicaram, gerando um aumento de 211% entre os meses de janeiro e julho do mesmo ano. Isso atinge todos os níveis de equilíbrio psíquico e emocional dos colaboradores, ocasionando patologias muito graves, como a síndrome do pânico.
Quais as doenças mentais provocadas pelo trabalho?
Em dezembro de 2023, a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho foi atualizada pelo Ministério do Trabalho, apresentando uma margem de aumento de 182 para 347 doenças ocupacionais.
Com um capítulo inteiramente destinado à Transtorno Mentais e Comportamentais, novas patologias foram inseridas na listagem da LDRT, dentre elas o Burnout e Síndrome de Pânico.
A pauta da saúde mental no trabalho vem sendo discutida em inúmeras esferas da sociedade. De órgãos governamentais ao setor de RH das organizações, tem-se priorizado criar estratégias que incidam de forma positiva no equilíbrio psíquico dos sujeitos e, com isso, garantam um bem-estar coletivo.
Isso porque os transtornos mentais sempre existiram. No entanto, com a pandemia do Covid-19 e, posteriormente, mudanças nas relações trabalhistas, muitos deles foram intensificados.
Condições não favoráveis, como as citadas no tópico anterior, podem produzir acometimentos psíquicos e patologias diversas. Conheça os principais psicodiagnósticos relacionados às adversidades ocupacionais:
Patologia | Características |
Síndrome de Burnout | Essa enfermidade advém do esgotamento laboral. Seus principais sintomas são o estresse intenso, insegurança profissional, aumento de inquietação e irritabilidade, falta de concentração com as atividades diárias, distanciamento da vida social e incapacidade de se desligar do trabalho; |
Ansiedade | Com origem múltipla, a ansiedade pode estar associada a pressões no ambiente de trabalho. Seus sintomas são o medo e desconfiança constante, o pensamento acelerado, alterações no sono, tensão muscular, tremores e palpitações e respiração ofegante |
Síndrome do pânico | Entendida como um tipo mais intenso do transtorno de ansiedade, a síndrome do pânico gera sintomas como medo da perda de controle de si, dormência e formigamentos, sensação de insegurança contínua, desmaios e sensação de perigo iminente |
Depressão | Patologia originada por múltiplos fatores, no entanto, quando o ambiente de trabalhado é inserido, a depressão é caracterizada por sentimento constante de culpa, medos irracionais, perda de memória instantânea, insônia ou sonolência constante e sensação perene de falta de energia |
A recorrência de prejuízos à saúde mental ocasionados pelo excesso de trabalho vem preocupando organizações e sociedade de forma geral. Para além das patologias citadas, existem outras que integram a LDRT. Quer saber mais sobre o tema? Acesse o nosso conteúdo sobre a atualização das doenças ocupacionais e como isso impacta na saúde da sua empresa.
3 dicas para colaboradores melhorarem sua saúde mental no trabalho
No ambiente de trabalho nada é feito de maneira solitária. Isso quer dizer que, se para alcançar metas e objetivos as equipes se unem em torno de um planejamento estratégico – mesmo que as atividades sejam delegadas de forma individual -, deve-se partir do mesmo princípio quando o tema é equilíbrio da saúde mental no dia a dia laboral.
Dessa forma, tanto empresa quanto colaborador podem atuar de forma conjunta no enfrentamento ao adoecimento mental em ambiente de trabalho. Mas de que forma isso é possível? Segue abaixo três dicas que podem ser realizadas pelo funcionário e que alteram totalmente a disposição e produtividade no cumprimento das tarefas rotineiras:
Estabelecendo limites
Com o amplo acesso à internet e plataformas de trabalho pelo computador, celular ou tablet, é comum haver uma confusão e não separação entre vida profissional x pessoal. O local de trabalho passou a ser o home office e, as reuniões, vídeo chamadas. No entanto, é crucial que o colaborador consiga enxergar a distinção entre o tempo destinado ao trabalho e os momentos de cunho pessoal. Para isso, recomenda-se desligar o computador e não acessar e-mails e nem mensagens fora do horário do expediente. Dessa maneira, haverá espaço para o descanso mental e físico que, como bem sabemos, ele é primordial;
Cuidando do corpo para cuidar da mente
Uma das principais fontes de diminuição do estresse é a prática constante de exercícios físicos. Além de melhorar o humor e relaxar as tensões provocadas pelo acúmulo de tarefas diárias – englobando atividades laborais e pessoais -, os exercícios trazem diversos benefícios, dentre eles a disposição, o aumento de força e a resistência muscular. Para quem tem a rotina apertada por conta do trabalho, não é preciso correr uma maratona. Caminhar por 30 minutos ou fazer um alongamento em casa já fazem toda a diferença;
Cronometrando pausas regulares
Ficar o dia todo sentado em frente ao computador não é nada saudável. Além de interferir na saúde física, ocasionando desgastes como cansaço e ardência dos olhos e dores geradas por má postura ou esforço repetitivo, esse hábito também pode gerar desconexão com o mundo real. O indicado é realizar pequenas pausas a cada hora de trabalho, levantando para pegar uma água ou café, alongando-se e distraindo-se momentaneamente com algo. Tornar esse ato um costume melhora a concentração e traz mais disposição para o cumprimento da rotina.
4 dicas para as empresas promoverem o cuidado à saúde mental
Uma vez que o colaborador esteja engajado e comprometido com o seu auto cuidado psíquico e emocional, é a vez da empresa fazer a sua parte, promovendo a saúde mental no trabalho.
Um dos setores cruciais para a inserção dessas práticas na cultura organizacional corporativa é o setor de Recursos Humanos, popularmente conhecido apenas como RH.
Se, outrora, o RH foi um campo organizacional estruturado por funções estritamente operacionais, de controle e registro de informações, atualmente ele evoluiu e ganhou uma nova roupagem, trazendo para si atividades mais estratégicas, proativas e acolhedoras junto ao quadro de funcionários.
Houve, de fato, uma necessidade de readequação, a fim de que o setor pudesse caminhar lado a lado com os avanços e apelos do mercado. Assim feito, essa nova versão da área de Recursos Humanos passou a contribuir com o aumento e desenvolvimento empresarial, através da promoção de ações que impactam positivamente o dia a dia dos funcionários e, com isso, geram mais disposição, produtividade e responsabilidade.
Um RH comprometido com os colaboradores é um RH que prioriza atividades de cunho lúdico e acolhedor, como forma de contribuir com a saúde mental no ambiente de trabalho. Aqui vão algumas dicas de como colocar toda essa teoria em prática:
Promova um ambiente de trabalho positivo
Fomentar a inclusão e dar espaço para a diversidade das equipes é fundamental. O objetivo do trabalho é desenvolver atividades que concernem a diferentes áreas de atuação, no entanto, não dá para estruturar uma empresa apenas dessa forma. Pensar no ambiente laboral é entender a real importância de oferecer espaços lúdicos, de bate papo e entrosamento interpessoal, estimulando a comunicação aberta e, com isso, gerando confiança e segurança entre colaboradores e lideranças;
Ofereça formatos de trabalho flexíveis
A flexibilidade é um recurso de grande êxito quando oferecido aos colaboradores de uma empresa, uma vez que ela contribui com o desestresse ocupacional. Permitir a elasticidade de horários, tanto em modalidade presencial quanto home office, e abrir espaço para ajustes conforme necessidades pessoais específicas, demonstra empatia e acolhimento junto ao trabalhador;
Apresente suporte psicológico gratuito
O suporte psicoterapêutico desempenha uma função primordial no ambiente de trabalho. Isso porque é através dele que se faz possível alcançar o bem-estar necessário para que os colaboradores atuem com maior vigor e comprometimento com suas atividades. Através da escuta em um espaço totalmente sigiloso e seguro, é possível tratar de medos, inseguranças e dificuldades no cumprimento de atividades laborais através da fala e do acompanhamento de um profissional especialista nesses temas. Dessa maneira, o colaborador se sente mais ouvido e motivado para com sua rotina de trabalho;
Disponibilize programas de educação, aplicativos e plataformas para desenvolvimento de soft e hard skills
Os termos soft e hard skills vêm sendo amplamente difundidos na esfera empresarial que se atenta às atualizações de mercado. Ambos os conceitos se referem a habilidades técnicas e comportamentais que são exigidas dos atuais profissionais, nos seus mais diversos cargos. Disponibilizar programas de desenvolvimento dessas habilidades é fundamental para que o colaborador adquira, cada vez mais, ferramentas técnicas e emocionais para lidar com os desafios no universo do trabalho;
Quer saber mais dicas de como promover estratégias que objetivem o apoio à saúde psíquica dos seus funcionários? Acesse o nosso conteúdo “10 dicas para cuidar da saúde mental no trabalho”
De que forma a lei 14.831 impacta no debate sobre saúde mental no trabalho?
Sancionada em 27 de março de 2024, a Lei nº 14.831 estabelece um marco importantíssimo no que tange ao apoio à saúde mental dentro do ambiente de trabalho. Através dela, as empresas poderão adquirir o Certificado de Empresa Promotora da Saúde Mental, que será destinado para organizações que atendem aos critérios de promoção de ações, cujo objetivo seja o de estimular o equilíbrio psíquico de seus funcionários.
Dentre os seus principais pontos, se destacam:
Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental
O certificado é de concessão pública, através do Governo Federal, e destina-se às empresas que atenderem aos requisitos estabelecidos nos critérios da legislação. Organizações que promovem a saúde mental e o bem-estar de seus colaboradores estão aptas a solicitar o certificado;
Das diretrizes para adquirir a Certificação:
- 2.1 Promoção da Saúde Mental: Desenvolvimento de ações e políticas fundamentadas na implementação de programas de promoção à saúde no ambiente laboral
- 2.1.2: Oferta de acesso a recursos de acompanhamento psicológico e psiquiátrico para os funcionários
- 2.1.3: Capacitação de lideranças e combate ao assédio e discriminação
- 2.1.4: Realização de treinamentos e campanhas internas acerca da importância do cuidado com a saúde mental.
- 2.2 Bem-estar dos trabalhadores: Através de planejamento organizacional, incentivo à prática de atividades físicas, alimentação saudável e entendimento do equilíbrio e divisão entre vida pessoal e laboral;
- 2.3 Transparência e prestação de contas: Divulgação interna e externa, através dos meios de comunicação da empresa, de ações relacionadas ao bem-estar físico e mental dos trabalhadores;
Sobre a validade do certificado:
A vigência do certificado é de dois anos. Após esse período, a empresa deverá passar por uma nova avaliação junto ao órgão responsável pela emissão do mesmo
Utilização do certificado:
As empresas que obtiverem o certificado, tem autorização para utilizá-lo em seu planejamento de comunicação (interno e externo) e materiais promocionais
A consonância da referida lei mostra, mais uma vez, que investir na promoção da saúde mental dos funcionários da sua empresa é fundamental não apenas pelos aspectos legais, mas, principalmente, por trazer retorno significativo quanto à cultura política e organizacional da mesma.
As corporações que apoiam a saúde de seus colaboradores têm maiores taxas de produtividade, eficiência operacional e controle financeiro.
Buscando soluções: Como se adequar à Lei nº 14.831 e reduzir os riscos trabalhistas
Pesquisando a fundo todos os pormenores da relação entre doença x ambiente de trabalho x estímulo à saúde mental de colaboradores, a Digital Medicina produziu uma live sobre o tema, clique aqui para assistir. Além disso, lançou o 1º programa para o desenvolvimento físico, mental, profissional e espiritual do Brasil, o SAUDEAENERGIA.
O SAUDEAENERGIA surge com o objetivo de oferecer às empresas a melhor solução para acompanhamento e promoção do bem-estar de seus colaboradores, trazendo três principais benefícios:
- Mítigar possíveis riscos trabalhistas: Os problemas de saúde mental passaram a ocupar a atualização de doenças ocupacionais na LDRT e, com isso, podem gerar ações judiciais às empresas. Ao adquirir o programa SAUDEAENERGIA para os seus colaboradores, essas ameaças diminuem, já que os mesmos poderão ter acompanhamento psicoterapêutico, psiquiátrico e de diversas áreas da medicina;
- Motivação: A falta de incentivos para cuidar da saúde psíquica-emocional promove, junto aos trabalhadores, uma cultura de indiferença e desmotivação. Com a disponibilidade diária de conteúdos e profissionais da saúde prontos para atender aos colaboradores, o SAUDEAENERGIA proporciona ferramentas que incidem diretamente no aumento de motivação e produtividade laboral, além de também oferecer dicas para cuidar da saúde mental no trabalho
- Aumento de eficiência: A realização profissional, motivação e equilíbrio psíquico-emocional dos trabalhadores atuam de forma direta na qualidade e cumprimento das atividades e, com isso, no aumento da produtividade diária. Através do acolhimento que os profissionais do programa SAUDEAENERGIA oferecem, o colaborador se sente mais seguro e emocionalmente estável, pronto para atuar na sua área profissional da forma mais eficiente possível;
Com a maior equipe de profissionais selecionados e especializados do mercado, o programa oferece consultas e atividades nas diferentes áreas médicas, da saúde mental e do desenvolvimento humano. São mais de dois mil profissionais e capacidade para atendimento de 420 mil consultas por mês.
Implantar programas de apoio à saúde mental no ambiente de trabalho é essencial para promover uma rotina produtiva e saudável. Iniciativas como o SAUDEAENERGIA oferecem os recursos e suportes necessários para que os colaboradores enfrentem o estresse, a ansiedade e outros desafios emocionais, melhorando seu bem-estar geral. Empresas que investem em saúde mental demonstram uma preocupação genuína com a qualidade de vida de seus funcionários, o que pode aumentar a motivação, a satisfação e a lealdade deles.
Discutimos esses e outros temas no nosso webinar “Mitigando Riscos Trabalhando com a Promoção de Saúde Mental: Uma Perspectiva Sob a Nova Lei 14.831”, realizado em junho. O evento contou com a participação do Dr. Leonardo Jorge Cordeiro de Paula, Diretor Técnico Operacional da Digital Medicina, da Dra. Karine Herani Lopes, Diretora Jurídica da Defensoria do Brasil, e de Priscilla Teixeira, Psicóloga e Product Manager do Programa SAUDEAENERGIA.
O webinar teve como objetivo promover o debate sobre o estímulo aos cuidados com a saúde mental no ambiente de trabalho, reconhecendo a importância desse tema na influência direta sobre a produtividade, o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores.
Manter sua empresa atualizada nessa discussão é crucial para que ela se adapte às novas dinâmicas de trabalho e retenha funcionários engajados e produtivos. Para se informar mais sobre o tema, assista ao nosso webinar clicando aqui.